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A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) divulgou uma nota, nesta terça-feira (4), afirmando que é preciso derrotar Bolsonaro no segundo turno para que o país retome um projeto nacional de desenvolvimento, com a garantia de direitos aos trabalhadores, industrialização do país, democracia e soberania nacional.
A Central afirma que eleição do próximo dia 30 é decisiva para o futuro da nação brasileira e deve ser vista como a batalha central do sindicalismo ao longo deste mês, conclamando os trabalhadores a se somarem na campanha para derrotar Bolsonaro nas urnas e eleger Lula presidente.
“A continuidade do Clã Bolsonaro no Palácio do Planalto não significaria apenas a preservação da agenda reacionária inspirada no ultraliberalismo, no racismo, no machismo, na homofobia e no isolamento internacional. Seria um aval popular para o avanço da barbárie neofascista em nosso país”, diz a nota.
“Derrotar o líder da extrema direita é vital para o movimento sindical e as forças democráticas e progressistas. Será o primeiro passo na direção de um novo projeto nacional de desenvolvimento focado na reindustrialização do país, na valorização do trabalho, na universalização dos serviços públicos, na democracia e na soberania”, continua.
A Central avalia que o primeiro turno acentuou a polarização política do país entre as forças democráticas e a extrema direita neofacista, mas também que a votação no último domingo (2) representa “uma grande vitória para o candidato das forças progressistas”. “Lula confirmou o seu favoritismo. Conquistou 48,43% dos votos válidos – faltando apenas 1,6% ponto percentual para decidir a parada já no primeiro turno – e teve mais de 6 milhões de votos que o principal rival. Vale ressaltar que Bolsonaro é o primeiro presidente brasileiro a ficar em segundo lugar no primeiro turno”, diz a nota.
Para a CTB, “a polarização política e o avanço da extrema direita não são fenômenos exclusivamente brasileiros. Manifestaram-se recentemente na eleição presidencial da Itália, no plebiscito sobre a Constituição do Chile e em muitos outros acontecimentos. São desdobramentos objetivos das crises geopolítica e econômica que perturbam a ordem capitalista mundial hegemonizada pelos EUA e que ainda parecem longe de um desfecho”.
“Diante deste cenário, a Direção Executiva Nacional da CTB orienta o conjunto da militância classista nos estados a se incorporar de corpo e alma na campanha para eleger Lula em 30 de outubro e derrotar as candidaturas da direita nos estados com segundo turno para governador”, sentencia o documento.
“É preciso trabalhar pela construção de uma frente ampla para deter a marcha sinistra da extrema direita e defender a democracia, a soberania nacional, os direitos sociais, as políticas públicas e os trabalhadores e trabalhadoras no serviço público”, conclui a nota.