“A estratégia da defesa é que não há sentido lógico em antecipar depoimento que o ex-governador vai dar ao final das investigações [ainda em curso no Rio de Janeiro]”, afirmou o advogado de Witzel
O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, presta depoimento à CPI da Covid-19, nesta quarta-feira (16), e deve explicar aos senadores apenas as ações e eventuais omissões do governo federal em relação à pandemia no Estado.
O advogado Diego Carvalho Pereira, que atua na defesa do ex-governador, disse que a orientação é que Witzel não fale nada relacionado aos fatos que já vêm sendo investigados no Rio de Janeiro e nem sobre assuntos relacionados ao Estado.
“A estratégia da defesa é que não há sentido lógico em antecipar depoimento que o ex-governador vai dar ao final das investigações [ainda em curso no Rio de Janeiro]”, afirmou o advogado de Witzel.
A CPI, instalada em meados de abril, investiga as ações, omissões e inações do governo federal relacionadas à gestão da pandemia da Covid-19.
ASSUNTOS RELACIONADOS AOS ESTADOS
Pereira explicou que a orientação foi dada pela defesa do ex-governador porque o Regimento Interno do Senado Federal prevê, no artigo 146, inciso terceiro, que as comissões parlamentares de inquérito não podem tratar de assuntos relacionados aos Estados.
Witzel está hospedado em um hotel em Brasília e presta depoimento à CPI da Covid-19 na manhã desta quarta-feira, acompanhado de seu advogado.
Na noite da terça-feira (15), o ministro Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou o ex-governador a não comparecer ao Senado.
Por ser alvo da CPI pelo mesmo motivo que vem sendo investigado pelo MPF (Ministério Público Federal), Nunes Marques autorizou que Witzel, tendo comparecido à CPI, pode decidir se vai ficar em silêncio, se assume o compromisso de dizer verdade e, também, que possa ter ao seu lado advogado.
Com informações da CNN Brasil