A ex-ministra afirmou que está “refletindo com muito senso de responsabilidade” ser candidata a deputada federal para ajudar seu partido
A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), afirmou que derrotar Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais “é uma questão de defesa da democracia”.
“Derrotar Bolsonaro é uma questão de legítima defesa. Defesa da democracia, do meio ambiente, dos direitos humanos, das políticas de combate às desigualdades sociais”, disse a ex-senadora.
“Não é uma questão apenas de como derrotar Bolsonaro, e sim de como derrotar democraticamente o bolsonarismo”, continuou.
Em entrevista ao portal Metrópoles, Marina Silva avaliou que “houve essa subestimação em 2018 por muitos agentes políticos, inclusive eu, que no início achava que ele não chegaria ao segundo turno. Não temos o direito de errar duas vezes”.
“Agora é compreender que vivemos uma ameaça às instituições e à democracia, mais do que em qualquer outro momento após a redemocratização”.
Jair Bolsonaro, desesperado com o fato de que toda a campanha antecipada que tem feito não tem dado resultado, voltou a atacar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a democracia. No dia 30 de março, ele insistiu na fake news de que foi o TSE que rejeitou sua proposta de voltar para o voto impresso.
“Por ocasião das eleições, os votos serão contados no Brasil. Não serão dois ou três que decidirão como serão contados esses votos”, disse. Na verdade, foi o Congresso Nacional, em votação feita no Plenário, que rejeitou a “ideia”.
A última pesquisa Genial/Quaest, divulgada no dia 16 de março, mostra que Jair Bolsonaro está 18 pontos atrás de Lula, que tem 44% das intenções de voto.
No segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 54% contra 32%. Além de Lula, Bolsonaro também perderia no segundo turno se o candidato fosse Ciro Gomes, Sérgio Moro (que desistiu) e Doria.
CANDIDATURA A DEPUTADA FEDERAL
Na entrevista, questionada sobre uma possível candidatura à Presidência em outubro, a ex-ministra respondeu:
“Existe uma discussão que vem sendo feita na Rede e fora também, por pessoas e lideranças políticas, de que em função de tudo o que está acontecendo no Brasil, eu deveria voltar para o Congresso. Estou fazendo uma reflexão que não é fácil, eu não tinha no meu horizonte retornar ao Congresso Nacional, mas estou refletindo com muito senso de responsabilidade. O meu desejo é de continuar contribuindo na política institucional ou ainda sem mandato”.