Jair Bolsonaro voltou, nesta quarta-feira (30), a atacar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disse que “não serão dois ou três que decidirão como serão contados” os votos nas eleições presidenciais.
Ao contrário do que diz Bolsonaro, não foram “dois ou três” ministros do TSE que rejeitaram sua proposta de voltar ao voto impresso, mas a Câmara dos Deputados em votação feita no Plenário. E o TSE tem desmentido todas as suas desinformações contra o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas.
“Por ocasião das eleições, os votos serão contados no Brasil. Não serão dois ou três que decidirão como serão contados esses votos”, disse Bolsonaro em evento no Rio Grande do Norte.
Durante o discurso, disse que seu governo defende a democracia e a liberdade. “E tudo nós faremos, até com sacrifício da própria vida, para que esses direitos sejam de fato relevantes e cumpridos em nosso país”.
Na mesma fala, feita faltando dois dias para que se completem 58 anos do golpe militar de 1964, Bolsonaro disse que “nós, militares, lá atrás juramos dar a nossa vida pela pátria e todos nós agora daremos a nossa vida pela nossa liberdade”. Isso vindo de Bolsonaro é um acinte, porque é justamente ele quem defende a ditadura, a tortura e o golpe contra a Constituição.
Jair Bolsonaro está atacando as eleições com fake news e ameaças porque está desesperado diante de uma iminente derrota em outubro.
As pesquisas eleitorais mostram que Jair Bolsonaro está pelo menos 14 pontos percentuais atrás de Lula, que está em primeiro.
A pesquisa Genial/Quaest, divulgada no dia 16 de março, mostra que a distância pode ser ainda maior. Enquanto Lula tem 44% das intenções de voto, Bolsonaro tem 26%, com 18 pontos a menos.
Mesmo com toda a campanha antecipada que fez em 2021 e continua fazendo este ano, com motociatas e outros tipos de eventos, Jair Bolsonaro segue sendo o candidato mais rejeitado. 59% da população não votaria nele de jeito nenhum, aponta pesquisa FSP do dia 21 de março.
Lula venceria, hoje, uma votação de segundo turno contra Bolsonaro por 54% contra 35%, 19 pontos a mais.
Jair Bolsonaro também perderia uma disputa de segundo turno contra Ciro Gomes (PDT), Sergio Moro (Podemos), João Doria (PSDB) e Eduardo Leite (PSDB).