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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com dirigentes do Solidariedade, PSB e PDT para consolidar o apoio dos partidos ao próximo governo e começar a discutir as participações em ministérios.
Lula está passando a semana em Brasília dialogando com parlamentares e dirigentes partidários sobre a aprovação da PEC da Transição, que garante o pagamento de R$ 600 do Bolsa Família e outros programas sociais. O presidente eleito iniciou as conversas sobre a composição do governo.
Ele se reuniu com o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), que apontou o interesse da legenda em fazer parte do governo eleito. As discussões envolvendo nomes e pastas, ou sejs, sobre a indicação dos partidos no governo, acontecerão somente depois da diplomação de Lula, marcada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para segunda-feira (12).
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que Lula, “a partir da próxima semana, vai convocar os partidos — inclusive o nosso — para discutir a questão da montagem de governo”.
“Nós deixamos isso bem claro, e ele [Lula] tem a expectativa de contar com o PSB na montagem do governo, mas não fizemos ainda qualquer indicação de nomes e ministérios neste momento”, continuou.
O PSB, partido do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, tem mostrado interesse em chefiar o Ministério das Cidades, para o qual indicaria o ex-governador de São Paulo, Márcio França.
“O PSB gostaria de participar de uma área em que ele tivesse a oportunidade de fazer políticas públicas para os municípios, para melhorar a vida das pessoas. E nós identificamos esse local como sendo, na nossa preferência, o Ministério das Cidades”.
Além de Lula e Siqueira, estiveram na reunião Geraldo Alckmin, os deputados Felipe Carreras (PSB-PE), Bira do Pindaré (PSB-MA) e José Guimarães (PT-CE), o prefeito de Recife, João Campos (PSB), e os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e da Paraíba, João Azevêdo (PSB).
Carlos Lupi, presidente do PDT, reuniu-se com Lula acompanhado dos deputados André Figueiredo (PDT-CE) e Weverton Rocha (PDT-MA).
Em suas redes sociais, Lupi disse que “falamos com franqueza que o PDT não tem nenhuma exigência ou reivindicação ao governo Lula e que estaremos apoiando as medidas que protejam os trabalhadores e elevem os salários e o fim do teto de gastos para a área social”.
Na última semana, Lula se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para falar sobre a PEC da Transição. Na terça-feira (6), a proposta foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A PEC aumenta em R$ 145 bilhões o teto de gastos por dois anos, permitindo a manutenção dos pagamentos de R$ 600 do Bolsa Família com acréscimo de R$ 150 por criança de até seis anos. Também ficarão liberados R$ 23 bilhões para investimentos, baseados em superávit primário. O próximo governo terá sete meses para apresentar uma nova regra fiscal para substituir o teto de gastos.
A PEC da Transição será apreciada pelos plenários do Senado e da Câmara Federal.