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Uma série de atos pelo país marcou, no último domingo (7) e nesta segunda-feira (8), um ano da invasão e depredação do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) por vândalos e golpistas inconformados com a derrota de Bolsonaro nas últimas eleições.
Em São Paulo, entidades sindicais, movimentos sociais e partidos políticos ocuparam a frente do Masp, na Avenida Paulista, na noite desta segunda-feira, sob o tema “8 de Janeiro: o Brasil se une em defesa da democracia”.
“Em diversas cidades brasileiras, as ruas foram ocupadas em defesa da democracia, onde ecoamos: Golpe nunca mais”, afirmou a União Nacional dos Estudantes. “Começamos 2024 lembrando da luta pelo Brasil que queremos. Neste mesmo mês em 2023, o nosso país passou por uma tentativa de golpe e é preciso relembrarmos para que jamais se repita”.
“Hoje participamos do ato em defesa da democracia brasileira. Há um ano, ocupamos as ruas contra as ameaças golpistas e antidemocráticas realizadas por bolsonaristas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Precisamos seguir em uma grande frente ampla em defesa da democracia no nosso país para avançarmos no projeto de reconstrução do Brasil e jogar na lata de lixo da história aqueles que ameacem nosso país”, declara a União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES-SP), que também se solidarizou com o Padre Júlio Lancelotti, “que vem sendo alvo do ódio de fascistas que tentam atacar o seu trabalho que é exemplo humanista para todos os brasileiros”.
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O ato contou também com a presença do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), ressaltando que “o maior líder do golpe está solto. Nós queremos ver Jair Bolsonaro na cadeia”, disse.
Para Ubiraci Dantas, vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), “há um ano, conseguimos impedir um golpe que queria destruir a democracia. Vitória da frente ampla contra o fascismo. Mas quero ressaltar aqui que o sustentáculo da democracia é o bem-estar do povo. Com miséria, com fome, não temos democracia”, afirmou.
“Várias cidades no Brasil realizam ou realizarão atos públicos hoje em defesa da democracia. Relembrar a tentativa de golpe para que não volte a acontecer nunca mais e que se punam os que atentaram contra a República e suas instituições”, lembrou o deputado estadual Simão Pedro (PT-SP), durante o ato de São Paulo.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (SPbancários), Neiva Ribeiro, também esteve na Paulista. Ela fez uma convocação para a vigilância e mobilização constante em defesa da democracia. “Estamos no Masp em defesa da democracia, lembrando o ocorrido do ano passado. Uma tentativa de golpe. Agora, os movimentos sociais, sindicais, estão aqui. Defendam a democracia. É nosso bem maior e temos que nos mobilizar”, disse.
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No Rio de Janeiro, o ato aconteceu na Cinelândia. Paulo Sérgio Farias, presidente da CTB-RJ, fez uma saudação a todas as correntes políticas “que se engajaram na luta heroica de resistência ao golpe de 8 de janeiro de 2023. Essas forças políticas foram fundamentais para concluir a resistência e impedir o golpe que direita derrotada nas eleições tentou implantar”.
BRASÍLIA
Em Brasília, as primeiras manifestações ocorreram no domingo (7). Movimentos sociais aproveitaram que a rodovia DF-002 (Eixão) é fechada para o trânsito de veículos e liberada para pedestres e ciclistas e promoveram o chamado Ato em Defesa da Democracia, na altura do 208 Norte.
Batizado de “Ato em Defesa da Democracia – Sem Anistia Para Golpistas”, a mobilização foi promovida por organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e partidos como o PCdoB; PDT; PSB; PSOL; PT; PV e Rede.
Segundo o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, o principal objetivo do ato desta manhã é relembrar o que aconteceu na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, para, a partir da reflexão, “fortalecer a democracia” e tentar impedir que eventos semelhantes voltem a ocorrer.
“Houve uma tentativa de golpe de Estado por meio da desestabilização dos poderes da República, com o objetivo de inviabilizar o governo democraticamente eleito [em 2022]”, declarou Rodrigues à Agência Brasil, lembrando que o episódio no início do ano passado foi precedido por uma série de atos criminosos e antidemocráticos.
Movimentos sociais realizaram manifestação nesta segunda também no Recife (PE). O ato “Democracia inabalada”, aconteceu entre as 10h e as 11h30, em frente ao Monumento Tortura Nunca Mais, na Rua da Aurora, bairro da Boa Vista, área central da cidade.
Em Porto Alegre (RS), movimentos sociais promoveram, nesta segunda , o ato de mobilização pela democracia e de repúdio à tentativa de golpe e ataques às sedes dos três poderes.
O evento, organizado por centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis, além de lideranças locais, era para acontecer no auditório de um sindicato, mas com o excesso de pessoas, o ato ocorreu do lado de fora, no Centro Histórico de Porto Alegre.
Já em Belo Horizonte (MG), o deputado Rogério Correia (PT-MG), ainda antes do ato, fez a última convocação. “Completa um ano da tentativa golpista de bolsonaristas que atentaram contra a democracia do país. Continuamos com o mesmo objetivo: Sem Anistia para golpista!”, disse. Em BH, o ato foi realizado na Casa do Jornalista.
Veja a repercussão nas redes pelas cidades:
Na Bahia
Ato Poético/Político em defesa da Democracia
No dia 8 de janeiro de 2023, os derrotados nas urnas inconformados com o resultado das eleições, que deram a Lula seu terceiro mandato, seguindo orientações no mínimo inconsequentes, tentaram através de atos violentos destruir a Democracia Brasileira.
O ataque não vingou, os golpistas foram isolados pela forte reação do campo democrático, que sem titubear condenou de pronto a tentativa tresloucada de Golpe. Os Poderes Constituídos unidos na defesa da democracia, sob os auspícios da Constituição Federal agiram rapidamente para restabelecer a Ordem Pública.