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Continua se ampliando na Europa a rejeição às sanções anti-Rússia e à inflação recorde causada por tal política, e no sábado (17) manifestantes em Paris foram às ruas repudiar a Otan e sua guerra por procuração na Ucrânia.
Esses protestos se somaram à massiva mobilização da véspera em Bruxelas, que exigiu o congelamento das contas de eletricidade/gás e a recuperação dos salários. E na terça-feira (20), no Reino Unido, são as milhares de enfermeiras do NHS (o ‘SUS’ inglês) que voltam a fazer 48 horas de greve contra o arrocho em curso.
Na capital francesa, a agremiação Les Patriotes (Os Patriotas), formada por direitistas dissidentes do partido de Le Pen, reuniu milhares de pessoas para exigir que a “França deixe a Otan”, um tema que é caro ao povo francês desde os tempos de De Gaulle.
As forças consideradas de esquerda na França não estiveram presentes nem temos registro de chamados destas correntes ou organizações a atos contra a Otan ou o envio de armas pela França à Ucrânia em submissão a Washington.
“Devemos parar as sanções anti-Rússia, porque isso não serve à paz lá, mas traz miséria aqui”, afirmou o presidente do partido, Florian Philippot. Ele advertiu que a alta dos preços da energia desencadeada por essas sanções estava forçando pequenas empresas em toda a França a fechar.
Manifestantes conduziam faixas e cartazes que diziam: “A França deve deixar a OTAN”, “impeachment de Macron” e “Resistência!”. Chamadas ainda para o ‘Frexit’ – a saída da União Europeia.
Muitos cantavam “Úrsula, cale a boca!” – em referência à aristocrática presidente da Comissão Europeia, madame Von der Leyen, frenética apologista das ordens emanadas de Washington, do boicote ao gás da Rússia com a consequente ameaça de desindustrialização europeia.
Esta foto não é do dia 17 de dezembro de 2022 (fazia muito frio em Paris nesta data com temperaturas incompatíveis com as roupas dos manifestantes), mas de setembro quantdo ocorreu uma manifestação convocada por unm partido de extrema-direita (Les Patriotes)…
Realmente, erramos na escolha da foto utilizada para ilustrar a matéria da manifestação na França. Portanto, sua advertência nos permitiu corrigir o erro, o que fizemos logo que lemos o seu comentário.