Os metroviários de São Paulo paralisaram, à meia-noite desta quinta-feira (23), as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Lilás. Os funcionários do Metrô reivindicam abono, que não foi autorizado pelo governo Tarcísio de Freitas, o fim de terceirizações e a abertura de concurso público.
“Devido intransigência do governo e direção do Metrô, a categoria decretou greve a partir das 00h de 23/3 exigindo que a empresa pague nossos direitos”, afirma o sindicato. A greve deverá ser de 24 horas.
Logo após a decisão da greve em assembleia, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-2) indeferiu pedido de liminar do Metrô para fixar quantitativo mínimo de funcionamento dos trens. A proposta do sindicato, foi a liberação das catracas para a população.
A proposta foi aceita pela Justiça e, nesta manhã, e, conforme reportagem do G1, aceita também pelo Metrô de São Paulo. Enquanto ocorre a negociação, os funcionários retomarão os postos de trabalho para que as estações possam ser abertas.
De acordo com o sindicato, além da mobilização pelo abono, em compensação pela falta de pagamento da participação nos lucros nos últimos três anos, o movimento está ligado também “diretamente à luta contra a privatização”. “Se a privatização do metrô ocorrer, que é o projeto declarado do governador Tarcísio, perderemos nossos empregos e a população receberá um péssimo serviço do tipo que a ViaMobilidade presta nas Linhas 8 e 9 dos trens”.
“Tarcísio continua sufocando o metrô estatal para bancar o metrô privado. Veja o valor atualizado da tarifa da concessão em vigor na Linha 4-Amarela. Desde 1º/2, enquanto a população paga R$ 4,40 na tarifa, o governo repassa para ViaQuatro R$ 6,32 por passageiro que utiliza a L-4. Ou seja, o governo paga R$ 1,92 a mais, utilizando dinheiro público para bancar a CCR. É o Estado privilegiando o metrô privado e sabotando o metrô estatal! A privatização não beneficia a sociedade!”, diz a entidade.