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O Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) pelo crime de corrupção passiva, em processo originário da Lava Jato.
A Procuradoria acusa o político de ter recebido em 2017 R$ 2 milhões do então presidente da J&F, Joesley Batista, como propina.
Além da condenação, o MPF solicita a cassação do mandato do congressista. Os pedidos foram feitos nas alegações finais do processo, última parte de uma ação judicial antes do caso ser julgado.
Os pagamentos teriam sido realizados em quatro parcelas, levadas em malas de São Paulo até Minas Gerais.
Aécio era senador na ocasião. Ele foi filmado combinando o recebimento do dinheiro para beneficiar a empresa de Joesley dentro do Congresso Nacional. A gravação foi entregue ao Ministério Público em acordo de delação premiada, em um desdobramento das investigações da Lava Jato. A defesa alega que os valores foram pagos a título de empréstimo.
A irmã de Aécio, Andrea Neves da Cunha também responde pelo mesmo fato. O MPF aponta que ela, pessoalmente, pediu a propina.
O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) virou oficialmente réu no caso da propina da JBS em julho de 2019.
A Justiça Federal de São Paulo ratificou a denúncia feita pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado mineiro.
O caso estava sob investigação no STF, mas foi transferido para São Paulo após a corte decidir que o foro por prerrogativa de função dos parlamentares refere-se apenas a crimes cometidos no cargo e em função dele.
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