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Serão enviados 100 agentes e 20 viaturas para apoiar o trabalho de busca dos dois fugitivos da penitenciária federal localizada no município potiguar
O ministro Ricardo Lewandowski, autorizou nesta segunda-feira (19) o uso da Força Nacional para ajudar na busca pelos fugitivos da penitenciária federal de Mossoró. Segundo o Ministério da Justiça, serão enviados 100 homens e 20 viaturas para a região.
O reforço nas buscas foi solicitado pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos, e acordado com a governadora Fátima Bezerra. Segundo informações da pasta, a medida também teve anuência da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT).
A tropa se somará aos cerca de 500 agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e das forças locais que atuam na operação de recaptura dos detentos.
No último domingo (18), Lewandowski visitou a cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte, onde afirmou que cerca de 500 agentes de diferentes forças policiais participam das buscas por dois fugitivos de um presídio de segurança máxima. Lewandowski disse que não é possível dar prazo para a captura de Rogério Mendonça e Deibson Nascimento, que escaparam na quarta-feira (14) do sistema prisional federal. Os dois foram vistos pela última vez na sexta (16), quando invadiram uma casa a 3km da penitenciária.
“O terreno é complexo, coberto por mata, em uma zona rural e com uma área extensa. Além de ter rodovias, existem vias e pequenas estradas. O local tem casas esparsas. É um trabalho de busca complexo”
Ao chegar em Mossoró no domingo, o ministro fez um rápido pronunciamento e disse que “é um problema que não afeta em hipótese nenhuma a segurança das cinco unidades prisionais federais”. É um problema localizado e que será superado em breve com a colaboração de todos”. Lewandowski foi recebido pela governadora Fátima Bezerra, e pelo secretário Nacional de Políticas Penais da pasta, André Garcia.
Após chegar ao aeroporto, a comitiva do ministério seguiu para a delegacia da Polícia Federal para uma reunião fechada. “A minha presença aqui é, antes de mais nada, mostrar que o governo federal está presente”, destacou o ministro. “Haveremos de superar em breve esta situação adversa”, completou.
Por fim, o ministro chamou a fuga, a primeira registrada em presídios federais desde sua criação, em 2006, de um “caso pontual” e refutou a existência de fragilidades no sistema. Lewandowski afirmou que a hipótese de participação de agentes penitenciários é investigada, em entrevista ao portal G1.
A cúpula da investigação disse que os presos usaram uma barra de ferro da própria cela para aumentar o buraco da luminária o suficiente para passar o corpo e escapar. O ato teria sido facilitado pela infiltração e falta de manutenção. Relatórios de anos anteriores teriam alertado para a vulnerabilidade da instalação da luminária.
Desde a revelação da fuga, Lewandowski anunciou medidas para fortalecer a segurança dos presídios federais, como a ampliação de alarmes e sensores de presença nas unidades e a construção de muralhas, inclusive em Mossoró.
Rogério Mendonça e Deibson Nascimento fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró na Quarta-Feira de Cinzas. Foi a primeira fuga registrada na história do sistema penitenciário federal, que inclui ainda penitenciárias em Brasília (DF), Catanduvas (PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO).
Os dois presos, originalmente do Acre, estavam na penitenciária de Mossoró desde setembro de 2023. Ligados ao Comando Vermelho, eles foram transferidos após se envolverem em uma rebelião no presídio Antônio Amaro, em Rio Branco (AC), em julho do ano passado. A rebelião deixou cinco mortos.