Bolsonaro, como sempre, estava passeando de moto e fazendo demagogia. Sem ter o que dizer ao morador, mandou a pessoa cobrar emprego do governador do DF. Sobre as chuvas e as mortes no Rio, nenhuma palavra
Mais uma vez, uma tragédia provoca deslizamentos e mortes, desta vez na região de Angra dos Reis, no litoral do estado do Rio de Janeiro. Já são 14 os mortos e muitos feridos e desabrigados, mas Jair Bolsonaro não deu a menor atenção ao ocorrido no Rio. De novo, como aconteceu nas outras enchentes, na Bahia e Minas, ele estava passeando e se divertindo. Estava num passeio de moto pelo entorno de Brasília. Ele não tem tempo para essas “chatices” de assuntos de governo.
VIVE SE EMPANTURRANDO NOS PASSEIOS
Quando o mundo desabava em Minas e na Bahia ele não teve tempo para propor nenhuma ajuda aos desabrigados e às famílias das vítimas. Nem para ir ao local prestar solidariedade. Estava na praia, passeando de lancha, de jet ski, dançando funk e se empanturrando com “camarão grande”. Agora, de novo, ele estava passeando de moto quando a chuva estava matando no Rio. Nenhuma palavra sobre a tragédia.
Nenhuma proposta para ajudar os moradores da região atingida. Ele só falou em politicagem, em fisiologismo, em campanha com as verbas do “orçamento secreto”, em comprar votos e em agredir os outros. Tudo, é claro, com o dinheiro público. Governar mesmo que seria bom, ele não governa. Está no governo mas não governa, só passeia, não quer saber de problemas.
Quando é cobrado, como aconteceu neste sábado no entorno de Brasília, diz que a responsabilidade pelos problemas não é dele, é dos governadores, do STF, de São Pedro, da guerra, do “raio que os parta”, menos dele. “Ô, presidente, eu só quero é emprego”, reclamou um morador. Bolsonaro desconversou: “Quem tirou teu emprego não fui eu. Eu não fechei nada. Nenhum botequim. Quem fechou foi o governador”, disse ele, atacando o governador Ibaneis Rocha, do MDB.
ATUAÇÃO DESASTROSA NA PANDEMIA
Sua atuação na pandemia foi um desastre. Brigou contra as vacinas. Espalhou o vírus. Defendeu que toda a população se infectasse e não usasse máscara. Disse que a pandemia era uma gripezinha. Colocou cupinchas despreparados no Ministério da Saúde e sabotou o início da imunização. O resultado foram os 660 mil brasileiros mortos até agora. O segundo lugar no mundo em número absoluto de mortes. Mas, quando é cobrado sobre isso, diz que a culpa é dos governadores e do Supremo Tribunal Federal que não o deixaram governar. Como se ele quisesse governar. Ele queria era só espalhar o vírus, mais nada.
Na economia é a mesma coisa. Agora que a inflação explodiu e que a renda do brasileiro está ladeira abaixo, fruto de seu descaso e de sua política de deixar tudo atrelado ao dólar, ele, outra vez, afirma que seu governo não tem culpa.
É dele a decisão de acabar com os estoques reguladores, de deixar os produtores exportarem tudo e cobrarem em dólar dentro do Brasil, mas ele não tem nada com isso. “O povo que se exploda”, já dizia o humorista. O Brasil tem o maior rebanho bovino do mundo e sua população está brigando desesperadamente na fila de açougues pelo osso, porque não tem dinheiro para comprar carne.
Com essa política, ele e seu ministro Paulo Guedes estão impedindo que 19 milhões de pessoas possam se alimentar diariamente. Esse é o número oficial de pessoas passando fome hoje o Brasil. Os que estão ameaçados de fome, que eles chamam de “insegurança alimentar”, já são mais de 100 milhões. E Bolsonaro tem o cinismo de dizer que não tem nada com isso.
12 MILHÕES DE DESEMPREGADOS E 19 MILHÕES PASSANDO FOME
São 12 milhões de brasileiros que continuam desempregados. Quando se acrescentam os subempregados e os desalentados – que já desistiram de procurar emprego – são 30 milhões de pessoas, segundo o IBGE. O país está literalmente parado. Os investimentos públicos do governo federal para 2022, de R$ 42,3 bilhões, são os menores em toda história. E, quando o morador do entorno de Brasília cobra dele, ele, de novo, tenta tirar o corpo fora. Diz que a culpa é do governador.
Deixou a inflação explodir, manteve o arrocho nos salários, fez crescer o desemprego e o subemprego e acha que pode dizer que não tem nada com isso. Quando é cobrado, mente sem a menor cerimônia. Os investimentos em Educação são cortados e, mesmo o pouco que sobra, só sai se os prefeitos pagaram propinas para os seus “pastores” que ele infiltrou no Ministério. Quem diz isso é o próprio ministro que caiu na semana passada com o escândalo na Educação. E Bolsonaro ainda tem a desfaçatez de dizer que não há corrupção em seu governo.
O ministro disse na Polícia Federal: “foi o presidente que enviou os pastores para o ministério”. Ele falava dos dois pastores ligados a Bolsonaro que foram infiltrados no ministério para exigir propina em troca de verba.
AUMENTOS DA GASOLNA E GÁS DE COZINHA
Bolsonaro está literalmente afundando o Brasil. Agora mesmo, com a inflação já acima de 10%, ele autorizou aumentos de 24,9% no óleo diesel, de 18,8% da gasolina e de 16,1% no gás de cozinha. Em alguns lugares do país o gás já está sendo vendido a R$ 130 o botijão.
Mas Bolsonaro repete à exaustão que não tem nada com isso. Ele não se comove com o sofrimento e as agruras do povo. Não sente nada e não sabe de nada porque só vive de dinheiro público – aliás há muitos anos – e gasta do erário em seus passeios e viagens.
Indiferente a tudo, Bolsonaro seguiu fazendo motociata e campanha política pelo DF. Comeu pastel e tomou caldo de cana. Não falou nada sobre os preços da gasolina, sobre as chuvas no Rio, só agrediu o governador. Jogou nele a culpa pelo seu fracasso e pela crise que afeta a população. Também não falou nada sobre o escândalo de corrupção no Ministério da Educação. Fingiu que não conhece os dois pastores indicados por ele para cobrar propina dos prefeitos para liberar as verbas do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Aliás, só o que ele sabe fazer é mentir, criar confusão, desconversar, tirar o corpo fora e atacar os outros. Não trata de nenhum assunto de governo. Não apresenta nada, nenhum projeto para resolver os problemas do país e da população. Não se sabe porque ele faz campanha para reeleição, se ele está no governo há 3 anos e meio e não governa. Disse outro dia que estava de saco cheio e que, se pudesse, largava tudo e voltava para a praia para “pescar com os amigos”. Não devia se fazer de rogado.
SÉRGIO CRUZ
quando o demônio vai levar esse entulho(bolsonaro), essa carniça que infecta o Brasil inteiro e que provoca nojo até em urubus.