A Ordem dos Advogados do Brasil do Pará (OAB-PA) pediu explicações à Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário) sobre a morte de quatro detentos durante a transferência de presídio.
As quatro pessoas foram estranguladas dentro do caminhão-cela que tem capacidade para 20 detentos, mas que transportava 30. Por medida de segurança, os presos deveriam estar algemados a grades dentro do caminhão-cela, para evitar possíveis fugas e acertos de contas entre os detentos rivais.
Os presos eram suspeitos de participar da chacina que deixou 58 mortos no Centro de Recuperação de Altamira. Segundo a polícia, as mortes estão relacionadas a uma disputa entre as facções Comando Classe A (CCA) e Comando Vermelho (CV).
Após renderem agentes penitenciários, integrantes da CCA invadiram o anexo onde estavam detentos que pertenciam ao Comando Vermelho (CV), matando os detentos com armas brancas que estavam escondidas.
De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado carbonizado nos escombros do prédio.
Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera o presídio de Altamira como superlotado e em péssimas condições. No dia do massacre, havia 311 custodiados, mas a capacidade máxima é de 200 internos. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, dos 311 presos, 145 ainda aguardavam julgamento.