Uma multidão recebeu as mulheres, crianças e adolescentes palestinos com buzinaço, agitar de bandeiras, e fogos de artifício, em sua chegada de ônibus ao centro da cidade de Beitunia, após sua soltura da prisão de Ofer que fica na mesma cidade
Depois de longas horas de expectativa, chegou o grupo de palestinos ao centro da cidade de Beitunia, onde fica a prisão israelense Ofer, localizada em terras palestinas ocupadas e de onde foram liberadas nas primeiras horas da madrugada de domingo (20:30 hora de Brasília).
A recepção com festa popular acontece em desafio às autoridades da força de ocupação que ameaçaram os palestinos para, em vão, tentar impedir a comemoração pela libertação de compatriotas, tornados reféns, em grande parte há anos, pelo regime de ocupação e apartheid israelense e agora livres.
A liberação das mulheres e crianças (são consideradas crianças, os jovens até 19 anos) palestinas foi adiada por horas quando o Hamas denunciou que Israel descumpria o acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros ao impedir, conforme o combinado, a chegada de caminhões com mantimentos à região norte da Faixa de Gaza.
Nas prisões israelenses estão encarcerados 7.200 presos políticos palestinos, dos quais mais de 2.000 na condição da chamada “prisão administrativa”, através da qual o ocupante israelense mantém palestinos presos sem julgamento ou sequer acusação formalizada e, portanto, sem acesso a defesa jurídica.