Tiro no pé – 1
As Centrais Sindicais fizeram na manhã do dia 19 de abril panfletagem conjunta, na Praça Ramos de Azevedo, no centro de São Paulo, convocando a população para a comemoração nacional do 1º de Maio de 2022. Com bandeiras, faixas e carro de som, anunciaram o ato do dia 1º na Praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, às 10 h. Além do ato político, haverá shows com Leci Brandão, Daniela Mercury, KL Jay, Dexter e Francisco, el Hombre.
DESFALQUE
A convocação estava, no entanto, desfalcada da CSB, Central dos Sindicatos Brasileiros, presidida por Antônio Neto que, na segunda-feira (18), havia decidido se retirar do ato no Pacaembu. No twitter, Neto declarou que “esta busca pelo protagonismo faz com que projetos comuns sejam deixados de lado e antecipados de forma desordenada, além de que, muitas vezes, induz militantes a posturas agressivas de hostilidades… como ocorridas recentemente, que podem chegar a via de fato contra companheiros de outras centrais, o que gera ainda mais tensão no ambiente unitário tão desejado”. Neto se referia às agressões de militantes com a camisa da CUT a Ciro Gomes, no ato da Paulista, em 2021, contra Bolsonaro.
No dia 14 de abril, militantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) também vaiaram o deputado Paulinho da Força, presidente de honra da Força Sindical e presidente do Solidariedade. A hostilidade aconteceu na primeira reunião do ex-presidente Lula com as centrais sindicais. À véspera do encontro, a direção da CUT já havia causado constrangimento geral ao atropelar as centrais e se reunir antes com o ex-presidente.
PELA UNIDADE
O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, declarou, durante a convocação para o 1º de Maio, nas escadarias do Teatro Municipal, “que além de consolidar a unidade das centrais, o ato será um importante momento para fortalecer a luta pela valorização do salário mínimo e a ampliação de direitos sociais, inclusive para trabalhadores autônomos, entre eles os de aplicativos”.
ELEIÇÕES
Bira, vice-presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), alertou para o caos que o país atravessa. Segundo ele, os trabalhadores precisam dar uma resposta nas urnas neste ano. “Temos que brecar a ofensiva deste governo contra a classe trabalhadora e o movimento sindical”, afirmou.
CARLOS PEREIRA