O Diretório Nacional do PT aprovou um texto defendendo a “revogação da contrarreforma trabalhista feita no governo Temer” e o aperfeiçoamento das leis trabalhistas para que os “trabalhadores de home office e de aplicativos” sejam incluídos.
O partido apresentará ao PCdoB e ao PV, partidos que comporão a federação partidária que está sendo construída, a proposta para que seja incluída no programa da federação partidária.
“Defendemos a revogação da contrarreforma trabalhista feita no governo Temer, e implementar uma nova reforma trabalhista feita a partir de negociação tripartite, que proteja trabalhadores, recomponha direitos, fortaleça a negociação coletiva e a representação sindical e dê especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos”, diz a resolução.
O texto aprovado pelo PT visa a criação de uma nova “legislação que inclua milhões de trabalhadores que ficaram de fora do mercado, como trabalhadores de home office e de aplicativos e que garanta que trabalhadores estejam no mesmo patamar de negociação que patrões e governo”.
Em encontro com sindicalistas, Lula comentou que “a palavra ‘empreendedor’ é bonita. Mas você não tem direito a descansar, a férias, não pode ficar Natal e Ano Novo junto da família. Se machucar… Precisam tratar os trabalhadores de aplicativo de maneira respeitosa. Não pode entregar comida passando fome”.
Para ele, um dos pontos importantes a ser discutido é a possibilidade de negociação coletiva entre os patrões e empregados, que foi impedida pela reforma trabalhista de Temer.
“Queremos chamar as centrais sindicais e o presidente da Fiesp, da Febraban… não vamos deixar ninguém de fora. Não queremos negar ao empresário, ao banqueiro, ao comerciante, ao fazendeiro o direito de falar. Mas eles têm que falar em uma mesa de negociação onde os trabalhadores estejam representados”, disse.