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De acordo com dados da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que atua junto com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) no monitoramento do Pantanal, 26,5% de todo o bioma já foi queimado entre janeiro e setembro deste ano. Apenas em setembro, 14% de toda a área do Pantanal pegou fogo.
É a maior devastação desde 2002, quando foram iniciadas as medições. O fogo já atingiu cerca de 33 mil km² da área.
Com a pior seca em décadas, chuvas abaixo da média, e o descaso do governo em relação às queimadas, a destruição da maior planície alagada do mundo, de enorme biodiversidade, terá impactos ambientais e socieconômicos incalculáveis.
Mas, apesar do clima, especialistas afirmam que a maior parte dos focos de incêndio foram provocados pela ação humana. Fazendeiros e agricultores da região usam a queima para manejo de pastagem, para desmatar e para o plantio de roças.
Enquanto isso, a queda de autuações e fiscalizações do Ibama contra infratores foi de mais de 48% na região.
Diante de um país que está literalmente pegando fogo, pois as queimadas recordes desde o início do ano acontecem também na Amazônia e no Pampa, o governo, totalmente omisso diante da catástrofe, envia brigadas de míseros 40 homens para ajudar a debelar o fogo e ainda tem a desfaçatez de declarar, por meio do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, que ainda “não teve tempo” para cuidar da Amazônia e do Pantanal.
“Nós sabemos exatamente o que temos de fazer na Amazônia brasileira e no Pantanal, só que não houve tempo ainda de colocar em prática, de colocar gente para fazer isso”, afirmou o ministro no início da semana.