E ameaçou: “quero ver eles dizerem que não me apoiam”
Fabrício Queiroz (PTB), o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e personagem central no caso das “rachadinhas” no gabinete do filho do presidente, agora é pré-candidato a deputado federal e vê como “um absurdo” a possibilidade de não ser apoiado pela família Bolsonaro.
“Em qualquer lugar que eu vou [perguntam] ‘e aí, eles vão te apoiar’? Eu falei, ‘cara, é um absurdo se não [me] apoiarem’. Eu sou bandido? Eu sou o Queiroz, pô”, disse o ex-assessor, que acrescentou: “Quero ver eles dizerem que não me apoiam”.
Queiroz, que foi investigado pela sua participação como operador do esquema de desvio de verba pública no gabinete de Flávio Bolsonaro quando era deputado estadual no Rio de Janeiro, tenta colar sua imagem à família Bolsonaro para a campanha à Câmara dos Deputados.
Ao participar do podcast “Mais ou Menos”, na última quinta-feira (2), o ex-assessor pressionou o clã: “Quero que você pergunte isso a eles”.
“Eles não são meus inimigos, eu acredito que eles também não me têm como inimigo em hipótese alguma. Eu não sou bandido, entendeu? As pessoas que eu coloquei estão do lado deles lá, uma até vem [ser] candidato pra competir comigo”, declarou, se referindo ao policial militar Max Guilherme Machado de Moura, segurança e assessor especial de Bolsonaro.
Filiado ao PTB desde março deste ano, Queiroz falou sobre sua relação com Adriano da Nóbrega, apontado como maior matador de aluguel do Rio de Janeiro.
O ex-PM exaltou o ex-capitão do Bope morto em operação rural na Bahia. Além de integrar uma quadrilha de matadores e de ter comandado a milícia de Rio das Pedras e da Muzema, na Zona Oeste do Rio, Adriano da Nóbrega é e suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco.