O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da Oposição no Senado, afirmou que o pedido de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a corrupção no Ministério da Educação terá as assinaturas necessárias até o final da semana.
“Devo conseguir o total do apoiamento nesta semana que será de esforço concentrado”, anunciou o senador.
Para uma CPI ser instaurada no Senado são necessárias 27 assinaturas. Até agora, foram coletadas cerca de metade. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não deverá se opor à investigação.
Na avaliação dos senadores, a ausência do ex-ministro Milton Ribeiro no depoimento marcado pela Comissão de Educação pode fazer com que a abertura da CPI se acelere.
O depoimento foi marcado para a semana passada, na quinta-feira (31), mas o ex-ministro de Bolsonaro não compareceu.
Milton Ribeiro foi flagrado admitindo que distribuía recursos do Ministério da Educação para os municípios apontados pelos pastores evangélicos Arilton Moura e Gilson Santos.
Segundo Ribeiro, a prática se estabeleceu por um “pedido especial” de Jair Bolsonaro.
Com o controle sobre o orçamento público, os dois pastores pediam propina para os prefeitos que quisessem ver seus municípios receberem dinheiro. Relatos de prefeitos mostram que os pastores Arilton e Gilmar exigiam R$ 15 mil apenas para protocolar o pedido junto ao Ministério.
Em outros casos, chegaram a pedir um quilo de ouro, equivalente a mais de R$ 300 mil.