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O relator especial da ONU sobre o “impacto negativo de medidas coercitivas unilaterais sobre os direitos humanos”, Idriss Jazairy, condenou a “reimposição de sanções contra o Irã após a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã, que foi unanimemente adotado pelo Conselho de Segurança da ONU com o apoio dos próprios EUA”, o que, considerou “desnuda a ilegitimidade desta ação”.
Jazairy assinalou, ainda, que as sanções internacionais “devem ter um propósito legal, devem ser proporcionais e não devem prejudicar os direitos humanos dos cidadãos comuns, e nenhum desses critérios é atendido nesse caso”.
Nesta segunda-feira (27) Teerã ingressou junto à Corte Internacional de Justiça de Haia da ONU para denunciar as sanções unilaterais de Trump. O representante iraniano perante a corte, Mohsen Mohebi, disse aos juízes que seu país “se viu obrigado a recorrer a Haia porque os EUA se negam a resolver as diferenças entre ambos países por vias diplomáticas”.
O Irã solicitou à Corte de Haia que tome medidas provisórias para paralisar a agressiva escalada dos EUA, enquanto o caso não é julgado. O representante iraniano denunciou que as sanções causaram a perda de dezenas de milhares de postos de trabalho e danos à economia.