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Notícia-crime pede a prisão preventiva de Léo Índio, o primo de Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro, o Carluxo
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma ação protocolada contra Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, que é sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O objeto da denúncia é a participação do sobrinho de Bolsonaro nos atos golpistas que culminaram com a depredação das sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
É de praxe que o STF encaminhe à PGR ações pedindo manifestações que podem levar a abertura de processo. Caberá, agora, ao procurador-geral, Augusto Aras, avaliar se houve crime envolvendo Leo Índio.
A notícia-crime contra Léo Índio, com pedido de sua prisão preventiva e bloqueio de bens, foi apresentada ao STF na terça-feira (17) pelo movimento Coletivo de Direito Popular, formado por advogados ligados à Universidade Federal Fluminense (UFF).
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“Diante dos fatos e fundamentos a seguir expostos, ao final requer seja o ‘Noticiado’ [Léo Índio] investigado no bojo do Inquérito nº 4879 ou em outros que apurem condutas antidemocráticas, bem como, sugere-se seja requerida a prisão preventiva do mesmo”, diz um trecho da petição.
A ação argumenta que Léo Índio representaria um risco à ordem pública e, diante de punições a outros envolvidos, pode decidir fugir do país a qualquer momento. Também pede o bloqueio das redes sociais do sobrinho de Jair Bolsonaro e quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico.
O criminalista Paulo Henrique Lima, principal responsável pela ação, sugere que há indícios da atuação dele na mobilização que levou extremistas de direita à Esplanada dos Ministérios.
Léo Índio participou efetivamente dos atos golpistas de 8 de janeiro. Nas redes sociais, ele chegou a confirmar a presença nos atos e afirmar que foi atingido pelo gás lacrimogênio jogado pelos policiais para retirar os manifestantes dos prédios públicos.
“Focarão no vandalismo certamente. Mas sabemos a verdade. Olhos vermelhos = gás lacrimogêneo”, escreveu em postagem no Instagram.
A relatoria da ação no STF é do ministro Dias Toffoli, mas, com o período de recesso do Judiciário, o encaminhamento foi feito pela presidente da Corte.
“Dê-se vista dos autos, pelo prazo regimental, ao Senhor Procurador-Geral da República, Dr. Augusto Aras, a quem cabe a formação da opinio delicti nos feitos criminais de competência desta Suprema Corte”, escreveu Rosa Weber, ao enviar os documentos à PGR.
Primo de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro, Léo Índio tentou se eleger deputado distrital em outubro do ano passado, mas teve apenas 1.801 votos e não conseguiu um assento na Câmara Legislativa do Distrito Federal.