Em reunião com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), nesta quinta-feira (07), a diretoria do Banco Central não apresentou nenhuma proposta e a greve continua por tempo indeterminado. Os servidores pedem a restruturação da carreira com a garantia da reposição das perdas salariais.
Esta semana, a categoria intensificou o movimento e afirma que a manutenção da greve afetará a divulgação do Boletim Focus, taxas financeiras e as atividades preparatórias do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) e do Comitê de Política Monetária (Copom). A expectativa é de adesão de pelo menos 60% da categoria.
Apesar de não trazer qualquer proposta, ficou acertado nessa semana uma reunião entre os representantes sindicais e o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, para a próxima segunda-feira (11). Os servidores também convocaram uma assembleia para a próxima terça-feira (12) para avaliar os rumos do movimento a partir da reunião com Campos Neto e das propostas levadas à mesa de negociação.
Desde o início das mobilizações da categoria, no fim do ano passado, cerca de 730 servidores entregaram seus cargos comissionados no BC. De acordo com o Sinal, a expectativa é de intensificar ainda mais esse movimento durante a greve. “Tais publicações não saíram no DOU [Diário Oficial da União], porque a Direção do BC busca “segurar” as Portarias de descomissionamento”, diz o sindicato em nota.
Ainda em nota, o Sinal esclarece que, ao contrário do que foi veiculado, “os servidores em greve do BC não vão interromper o PIX. Qualquer notícia diferente disso é desinformação deliberada. A operação do PIX vai continuar e os servidores do BC apoiam tal continuidade, haja vista ser um produto criado pelos servidores do BC em benefício de toda a sociedade brasileira”.
O presidente do Sinal, Fábio Faiad, observa que a greve dos servidores do BC será feita de forma responsável, respeitando a lei dos serviços essenciais. “Contudo, a diretoria do BC, no entender dos representantes sindicais, inseriu atividades não essenciais na lista de essenciais, sobretudo tarefas excessivas ligadas ao Departamento de Informática, excessos em fiscalização de contratos e exageros nas atividades preparatórias do COMEF e do COPOM. O Sindicato vai continuar exigindo a redução da lista nesses pontos. Acredita-se ter havido respeito à lei de greve ou espaço para negociar administrativamente a redução dos excessos”, diz Faiad.
essa elite do funcionalismo público “trabalha” meio expediente, e ainda quer aumento, imagina se tivesse que sobreviver do salário mínimo?!?!
Mas isso apenas significa, leitor, que a política do governo Bolsonaro está espremendo até os servidores com salários mais altos – e não que eles não devem ter aumento, como, aliás, todos os servidores.