Sérgio Rubens sempre teve uma sensibilidade tática, um sentido estratégico e um carinho especial para o trabalho na classe operária.
Comandou pessoalmente campanhas históricas como a virada espetacular no 2º turno das eleições dos metalúrgicos de São Paulo, em 1981.
A campanha de solidariedade da “unidade sindical” à greve de São Bernardo foi outra muito significativa. Sob o guarda-chuva e o respaldo dos metalúrgicos de São Paulo, presidido por Joaquim dos Santos Andrade, o Joaquinzão, entrávamos nos ônibus, fazíamos discursos e arrecadávamos contribuições para o “Fundo de Greve”. O movimento foi numa curva ascendente.
No 1 º de maio, a Unicidade Sindical, em solidariedade, convocou, inclusive com matéria paga, os paulistas a comemorarem a data em São Bernardo. Foi uma façanha. Centenas de milhares em São Bernardo, com a Frente Ampla à testa (Teotônio Vilela, Ulisses Guimarães, Orestes Quércia), paralisamos o colossal bloqueio repressivo e os operários de São Bernardo ocuparam em festa o Estádio da Vila Euclides. Nem a ditadura nem o movimento sindical seriam mais os mesmos.
CARLOS PEREIRA
Sérgio Rubens não somente exemplificava em sua oratória brilhante, equilibrafa e firme, ele agia, e suas ações sim eram exemplares. Amava verdadeiramente a terra e o povo brasileiros, e lutou por eles como poucos o fizeram. Havia ideal em seus textos, como havia amor e compaixão nas suas atitudes. Mais que em qualquer outro lapso de nossa história, sua repentina partida abre uma abrupta cratera em nossas vontades, mas sua memória jamais deixará de nos inspirar a continuar coesos em nossa luta pelo ideal socialista. Sérgio Rubens, presente! Sérgio Rubens vive.