Presidente da CPI da Covid-19 no Senado ironizou as diversas situações irregulares em que o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), estaria envolvido
Em meio à oitiva do advogado e empresário Marcos Tolentino, o presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), ironizou, nesta terça-feira (14), as diversas situações irregulares em que o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), estaria envolvido.
“Só espero que o presidente Bolsonaro não chame o [ex-presidente Michel] Temer para fazer uma nota de desculpas por causa do Ricardo Barros. Vai acabar fazendo”, ironizou Aziz, em alusão à “Carta à Nação” divulgada por Bolsonaro, com ajuda de Temer, em que disse que não teve intenção de agredir as instituições e dar golpe.
É importante destacar que, a rigor, o conflito real parte sempre do Executivo sob Bolsonaro, que permanentemente ataca o STF (Supremo Tribunal Federal) e o Legislativo.
Antes, o senador brincou e pediu que evitasse mencionar o nome do líder do governo na CPI, visto que ele seria “onipresente” nos esquemas ilícitos e “intocável pelo presidente Jair Bolsonaro e por apoiadores”.
“Mesmo que a gente desnude [Barros], isso não vai mudar nada. Vai continuar lá [na liderança do governo]. Talvez o presidente [Jair Bolsonaro] escreva uma nota um dia por ter mantido até hoje ele como líder”, disse Aziz.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), entrou na brincadeira. “Nota de desculpas tem sido vício, né? Tem sido reiterado”, acrescentou.