Distribuição ficou assim: quatro pedidos foram encaminhados para Rosa Weber, dois para Dias Toffoli, um para Ricardo Lewandowski, uma para Luís Roberto Barroso, um para Cármen Lúcia e um para Kassio Nunes Marques
O procurador-geral da República, Augusto Aras, entregou na última quinta-feira (25) ao STF (Supremo Tribunal Federal) um conjunto de 10 pedidos de providências a serem tomadas a partir das conclusões da CPI da Covid-19 no Senado.
O relatório foi entregue ao PGR pela cúpula da CPI, em 27 de outubro.
Sob sigilo, as solicitações foram encaminhadas a seis ministros da Corte e apresentam propostas para investigar autoridades com foro e a inclusão de novos elementos em casos que já tramitam no Supremo.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o PGR enviou os casos diretamente aos magistrados que já são responsáveis por processos que teriam conexão com os fatos levantados pela CPI.
Quatro pedidos foram encaminhados para Rosa Weber, dois para Dias Toffoli, um para Ricardo Lewandowski, um para Luís Roberto Barroso, um para Cármen Lúcia e um para Kassio Nunes Marques.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foi vice-presidente da CPI, disse que a movimentação de Aras “não é o ideal”, mas que o encaminhamento é “promissor”.
“A gente queria já a ação penal pública para aquelas autoridades com foro privilegiado, com base no que foi levantado em seis meses de investigação pela CPI. Mas já é uma luzinha de lamparina no desespero da noite”, disse Randolfe.
Ainda de acordo com o jornal, Randolfe disse que teve a informação de que a PGR pediu ao STF o depoimento do presidente Jair Bolsonaro, de Wagner Rosário, da CGU (Controladoria-Geral da União), e do líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Nesta semana, o Senado aprovou requerimento, de autoria de Randolfe, para que Aras seja convidado a comparecer à Casa, no âmbito da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, para explicar os encaminhamentos que tem dado ao conteúdo do relatório final da CPI.