O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prorrogou por mais 90 dias a investigação sobre a interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal para proteger seus filhos e seus aliados investigados por corrupção.
“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no artigo 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 dias, a partir do encerramento do prazo final anterior (27 de janeiro de 2022), o presente inquérito”, decidiu Moraes.
O inquérito foi aberto em em 2020, quando o Sérgio Moro pediu demissão do cargo de ministro da Justiça e contou sobre a pressão que Jair Bolsonaro fes para que fosse trocado o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Moro disse que Jair Bolsonaro ameaçou demiti-lo caso não conseguisse trocar alguém na PF.
A gravação de uma reunião de Bolsonaro com seus ministros provou que Moro falava a verdade.
Na reunião, Jair Bolsonaro falou: “Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar foder minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança da ponta de linha que pertence à estrutura. Vai trocar. Se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira”.
Bolsonaro queria trocar a chefia da PF no Rio, seu Estado e de seus filhos, para conseguir uma proteção de investigações sobre seus crimes.
Desesperado para proteger seus segredos, Jair Bolsonaro falsificou a assinatura do então ministro Sérgio Moro para demitir o diretor-geral da PF, Alexandre Valeixo.