O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), assinou na segunda-feira (6) um acordo de cooperação com lideranças de diferentes religiões, visando a promoção da paz e tolerância nas eleições.
O acordo foi firmado com representantes do catolicismo, do espiritismo, judaísmo, do islamismo, budismo, religiões de matriz africana e de algumas correntes do protestantismo. O segmento evangélico não enviou representantes.
Os termos de cooperação, que não têm prazo de vigência pré-determinado, estabelecem que as lideranças religiosas se comprometam a promover ações de conscientização sobre tolerância política, legitimação do pensamento divergente e exclusão da violência durante as pregações, sermões e homilias, ou ainda em declarações públicas ou publicações que venham a fazer.
Os documentos também propõem que seja repercutido o material produzido pelo TSE com esse teor.
Na abertura do evento, Fachin ressaltou a importância de contar com o apoio das lideranças religiosas no momento em que o país vive.
“É cediço que a Justiça Eleitoral, na condição de instituição responsável pelo processamento pacífico das diferenças políticas, defronta, presentemente, dificuldades inusuais, como decorrência da crescente intolerância, do progressivo esgarçamento de laços e, sobretudo, do evidente processo de degradação de valores decorrente da expansão irrefreada do fenômeno da desinformação”, disse.
O presidente do TSE destacou também que “defender a natureza pacífica das eleições é defender o direito à opinião”.
“Defender a democracia é negar a cólera, fugir das armadilhas retóricas, fiar-se no valor da verdade, na fundamentalidade das instituições públicas e, especialmente, na sacralidade do viver em comunhão”, completou.