
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, conclamou, em postagem nas redes sociais: “Essa campanha de agressões, iniciada pelo regime sionista, exige uma resposta imediata da comunidade internacional para conter essas violações criminosas do direito internacional”
“Numerosos países, especialmente na região, condenaram veementemente a invasão do regime sionista contra a República Islâmica do Irã, particularmente seus ataques às instalações nucleares”, afirmou, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, em postagem nas redes sociais, neste domingo, dia 15.
O ministro iraniano esclareceu que a resposta do Irã “a esses ataques fundamenta-se no princípio de autodefesa – um princípio reconhecido pelo direito internacional e direito soberano de qualquer nação face à invasão.
“O Golfo Pérsico é uma zona de extrema sensibilidade geopolítica. Qualquer escalada militar nesta região pode desencadear consequências globais”, alertou.
Em sua conclamação aos ministros e governantes dos demais países do Planeta, Araghci destacou: “Essa campanha de agressões, iniciada pelo regime sionista, exige uma resposta imediata da comunidade internacional para conter essas violações criminosas do direito internacional”.
O ministro iraniano enfatizou que “a invasão do regime israelense contra a República Islâmica do Irã jamais teria ocorrido sem o apoio dos Estados Unidos. Temos provas claras do suporte fornecido por forças e bases americanas na região aos ataques do regime sionista. Mas, mais revelador que essas provas, são as declarações do próprio presidente dos EUA, que expressamente confirmou seu apoio. Portanto, consideramos os Estados Unidos cúmplices nesses ataques, e devem assumir sua responsabilidade”.
“Não buscamos a ampliação da guerra, a menos que ela nos seja imposta”, prosseguiu o diplomata.
Leia, a seguir, a declaração iraniana na íntegra:
“Numerosos países, especialmente na região, condenaram veementemente a invasão do regime sionista contra a República Islâmica do Irã, particularmente seus ataques às instalações nucleares”, afirmou, o ministro das Relações Exteriores do Irã, em postagem nas redes sociais, neste domingo, dia 15.
Nossa resposta a esses ataques fundamenta-se no princípio de autodefesa – um princípio reconhecido pelo direito internacional e direito soberano de qualquer nação face à invasão. Inicialmente, limitamos nossos alvos a infraestruturas militares israelenses. Porém, após o ataque do regime sionista a alvos econômicos iranianos, incluindo a Refinaria de Teerã e instalações em Asaluyeh, passamos a responder com medidas proporcionais contra alvos econômicos israelenses.
O Golfo Pérsico é uma zona de extrema sensibilidade geopolítica. Qualquer escalada militar nesta região pode desencadear consequências globais.
Essa campanha de agressões, iniciada pelo regime sionista, exige uma resposta imediata da comunidade internacional para conter essas violações criminosas do direito internacional.
Do nosso ponto de vista, a invasão do regime israelense contra a República Islâmica do Irã jamais teria ocorrido sem o apoio dos Estados Unidos. Temos provas claras do suporte fornecido por forças e bases americanas na região aos ataques do regime sionista. Mas, mais revelador que essas provas, são as declarações do próprio presidente dos EUA, que expressamente confirmou seu apoio. Portanto, consideramos os Estados Unidos cúmplices nesses ataques, e devem assumir sua responsabilidade.
Não buscamos a ampliação da guerra, a menos que ela nos seja imposta. Não fomos nós que a iniciamos, estávamos engajados na via diplomática quanto ao nosso programa nuclear. Mas essa agressão foi imposta a nós. Estamos nos defendendo. e nossa defesa é totalmente legítima e firme. Essa resposta é uma reação direta às agressões. Se elas cessarem, naturalmente nossas ações também cessarão.
A respeito do ataque às instalações nucleares de Natanz, a reunião será realizada nesta segunda-feira, e esperamos que o Conselho de Governadores emita uma firme condenação contra o regime sionista por essa flagrante violação do direito internacional.
Nossa expectativa e também da comunidade internacional – é uma condenação contundente e até mesmo a punição do regime por esse ato. Talvez essa tenha sido a última linha vermelha do direito internacional que o regime sionista ultrapassou. Se a comunidade internacional permanecer indiferente, as consequências certamente afetarão outros países também.
Hoje deveríamos realizar, em Mascate, a sexta rodada das negociações nucleares. Temos plena confiança no caráter pacífico do nosso programa nuclear e não temos qualquer problema em demonstrar isso ao mundo, como já fizemos no acordo nuclear de 2015.
Estamos dispostos a qualquer acordo cujo objetivo seja impedir que o Irã tenha acesso a armas nucleares, pois essa é a nossa própria doutrina. Mas se o objetivo for privar o Irã de seus direitos nucleares legítimos, naturalmente não aceitaremos tal acordo.
Está absolutamente claro que o regime israelense não deseja nenhum acordo sobre a questão nuclear. Não quer negociações, nem diplomacia. A invasão ao Irã em meio às negociações demonstra sua oposição a qualquer esforço de diálogo.
Nos últimos dois dias, recebemos por diferentes canais a mensagem dos Estados Unidos alegando que não tiveram participação no ataque, nem terão. No entanto, não aceitamos essa alegação, pois temos provas que indicam o contrário.
Esperamos que a comunidade internacional dê a devida atenção a esse assunto e reaja de forma adequada aos crimes e agressões do regime sionista, que violou todos os princípios e fundamentos do direito internacional. Esta é a melhor forma de promover a paz na região e no mundo.