O governo chinês está ajudando o mundo todo com pessoal, equipamentos e insumos, depois de ter enfrentado com sucesso o Covid-19 em seu país
Recentemente a falange bolsonarista, capitaneada por Eduardo Bolsonaro, se alinhou a Donald Trump e aos falcões das armas dos EUA, e iniciou uma cruzada reacionária contra a China. A orquestração foi desde a mensagem no twitter do deputado, dizendo que a “ditadura chinesa” era responsável pela propagação mundial do Covid-19, passando por notícias de que o governo chinês escondeu os dados da epidemia, até baixarias com palavras de baixo calão em faixas colocadas na frente da embaixada da China em Brasília.
Os dados abaixo, retirados de artigo de Jones Manoel, do Portal Disparada, põem por terra as mentiras que os bolsonaristas espalharam sobre a China. Eles revelam, ao contrário, que o governo chinês agiu com celeridade, firmeza e transparência exemplares.
O país conseguiu deter a epidemia com as menores consequências possíveis para a sua população. Mais do que isso, em menos de dez dias após o primeiro caso identificado da nova doença, o mapeamento do genoma do novo vírus já estava feito.
Vinte e quatro horas após o primeiro caso identificado, a China informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a existência de casos de uma nova doença desconhecida.
O Dr. Li Wenliang, que informou no WeChat (rede social chinesa), no dia 30 de dezembro, que havia identificado um caso de SARS, estava equivocado. Não era um simples vírus SARS conhecido. Os monopólios mentiram dizendo que ele foi preso e censurado por ter revelado o primeiro caso de coronavírus. Não aconteceu nem uma coisa nem outra.
A primeira e revelar que se tratava de um novo coronavírus foi Zhang Jixian, premiada no dia 6 de fevereiro. Não houve censura nenhuma, apenas o médico que confundiu o quadro como sendo SARS estava com uma informação errada.
Já no dia 31 de dezembro, menos de 24 horas depois do primeiro caso relatado, a China já informava a OMS sobre uma doença desconhecida.
O mapeamento genético do novo vírus começa no dia 2 de janeiro, isto é, 3 dias depois do médico falar no WeChat sobre SARS. No dia 09 de janeiro, o mapeamento do genoma do novo vírus já estava feito.
No dia 21 de janeiro, o governo já fala da epidemia do coronavírus e anuncia medidas para combater. Um hospital de mil leitos foi construído em dez dias.
Dia 24 de janeiro, o bloqueio total nas áreas infectadas é instituído. Menos de trinta dias transcorreram entre descoberta, mapeamento do vírus, formulação de políticas, aplicação das políticas corretas e contenção da infecção. Falar que um governo que toma essa medidas nesse espaço de tempo, tentou abafar a epidemia, parece piada. Poucos países do mundo agiram de forma mais rápida e eficiente do que isso.
Mesmo com toda essa agilidade, o governo avaliou que as autoridades locais de Wuhan tiveram posturas equivocadas. O próprio Partido Comunista da China reconheceu este fato e fez a crítica pública e aberta aos responsáveis. Identificados esses erros, eles foram rapidamente corrigidos e os dirigentes foram responsabilizados.
Essas medidas permitiram que as decisões a seguir fossem as mais acertadas. Tanto as críticas aos erros como as medidas duras de isolamento social que foram adotadas na China também foram criticadas pelos bolsonaristas como sendo “autoritárias”.
A China hoje, depois que conseguiu controlar a epidemia em seu território, está ajudando o mundo todo com o envio de profissionais altamente treinados, equipamentos e insumos necessários para o enfrentamento da novas doença.
A solidariedade chinesa, que destoa do comportamento americano, é decisiva neste momento porque, além dos equipamentos e dos insumos, há a enorme experiência que os médicos e demais profissionais de saúde adquiriram na luta hercúlea que eles travaram contra o Covid-19 em seu próprio país.
Atacar a China como fez Donad Trump, cujo governo corria atrás do prejuízo depois de perder o controle da situação, não passava muita seriedade. Não é à toa que a comunidade científica americana criticou duramente o comportamento de Trump.
Mas, mais ridículo ainda é o filho de Bolsonaro, como um papagaio de imitação, repetir os ataques de Trump à China, depois de sua volta de uma viagem aos Estados Unidos. Como bem resumiu a embaixada da China no Brasil sobre a ofensa do “zero três” ao país asiático: “As suas palavras são extremamente irresponsáveis e nos soam familiares. Não deixam de ser uma imitação dos seus queridos amigos. Ao voltar de Miami, contraiu, infelizmente, vírus mental que está infectando a amizade entre os nossos povos”.