A Polícia Civil de São Paulo prendeu, no sábado (16), os dois manifestantes que participaram da baderna no início do mês em frente ao prédio onde mora o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em São Paulo. Na ocasião, os bolsonaristas usaram de caixas de som para ofender o Ministro por ter barrado a interferência do “mito” na Polícia Federal com a nomeação de Alexandre Ramagem.
Antonio Carlos Bronzeri e Jurandir Alencar foram detidos preventivamente por desobediência, descumprimento de medida sanitária preventiva e incitação ao crime. A prisão dos dois ocorre em um segundo inquérito policial por descumprimento das medidas cautelares estabelecidas após serem detidos no dia 2 de maio, quando ofenderam o ministro do STF. Eles não podiam sair de casa, e foram vistos em manifestações contra a quarentena.
“O encarceramento dos representados é medida que se impõe, tanto porque desrespeitaram o benefício da liberdade provisória concedido, bem como para a garantia da ordem pública, imprescindível neste momento vivido. Destarte, as prisões analisadas nesta fase do processo preenchem os requisitos gerais da tutela cautelar, guardando relação com o processo, de forma que não afronta o princípio da presunção de inocência. Presentes, portanto, os requisitos previstos pelo artigo 312 do Código de Processo Penal, decreto a prisão preventiva dos acusados, qualificados nos autos”, diz o mandado de prisão.
Na última semana, a Justiça de São Paulo aceitou uma denúncia do Ministério Público contra os dois por ameaça, difamação, injúria e perturbação de sossego.
Moraes suspendeu a nomeação de Ramagem alegando que a medida feria a impessoalidade do cargo de presidente, uma vez que o indicado é amigo pessoal da família do presidente.