O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, depois de ter afrontado o Exército ao participar, enquanto general da ativa, de ato político com o presidente Jair Bolsonaro, foi nomeado para o cargo de secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, na terça-feira (1).
Pazuello saiu do governo há dois meses e meio, depois de ter passado 10 meses à frente do Ministério da Saúde. Em sua gestão, mais de 260 mil brasileiros morreram de Covid-19.
O novo cargo de Pazuello faz parte da Secretaria de Assuntos Estratégicos, chefiada por Flávio Rocha. A pasta fica dentro do Palácio do Planalto. Ele receberá um salário de pouco mais de R$ 16 mil no cargo.
Enquanto estava fora do governo, o ex-ministro depôs à CPI da Pandemia e falou que, supostamente, Jair Bolsonaro não participava de nenhuma das decisões que estão sendo investigadas, como o atraso na compra de vacinas.
Na avaliação dos senadores membros da Comissão, Eduardo Pazuello tentou proteger Jair Bolsonaro.
Pazuello recebeu um processo administrativo do Exército por ter participado de uma manifestação no Rio de Janeiro. A participação de militares da ativa em manifestações políticas é proibida pelo Estatuto Militar.
Ao lado de Jair Bolsonaro, o general se aglomerou sem máscara e discursou no carro de som.