No último fim de semana, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) realizou seu 9º Encontro Sindical Nacional, reunindo lideranças sindicais de 23 estados, na sexta-feira (16) e no sábado (17), em Salvador (BA). O encontro contou com a participação de cerca de 500 líderes sindicais.
Por videoconferência, a presidente nacional do PCdoB e ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou que o movimento sindical tem hoje um importante papel na vida política nacional, principalmente em relação à luta para “recuperar direitos perdidos [durante os últimos governos], defender a democracia, o desenvolvimento soberano, a justiça social e a valorização do trabalho”.
O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo, fez um breve informe sobre a atuação da Central nesses primeiros meses de governo Lula, enquanto Ubiraci Dantas, vice-presidente da central falou da necessidade de uma política de industrialização do país para que seja possível a retomada do desenvolvimento.
Nivaldo Santana, secretário Sindical do PCdoB, afirmou que a participação dos comunistas têm sido um importante elemento para o fortalecimento do movimento sindical brasileiro, com mais de 4 mil dirigentes sindicais espalhados em todo o país, especialmente na base da CTB que se fortaleceu com a unificação com a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), em 2021.
Citando dados do Ministério do Trabalho, organizados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o dirigente apontou que as 955 entidades da base cetebista somam mais de 1,6 milhão de trabalhadores sindicalizados, segunda maior central do país nesse quesito. Se a lista também incluir os sindicatos com filiação já formalizada junto à CTB, mas não ao Ministério do Trabalho, o número salta para 1.408 entidades.
Nivaldo chamou a atenção para a necessidade de se fortalecer o partido, órgão orientador dos sindicalistas comunistas, “que é o que sustenta o projeto emancipador da classe trabalhadora”. “Cada um desses dirigentes precisa vestir a camisa do PCdoB, filiar novos militantes, ajudar na formação deles. É necessário destacar sempre um dirigente que tenha como tarefa central construir o partido na base”, ressaltou Nivaldo.
O deputado federal, Daniel Almeida (PCdoB-BA), lembrou que o movimento sindical foi “decisivo na eleição de Lula” e da necessidade de que continue mobilizado. “Precisamos compreender os desafios para saber a melhor forma de superá-los. Este Encontro prepara o PCdoB para isso”.
Já Alice Portugal, deputada federal baiana pelo PCdoB, defendeu que o movimento sindical deve usar seu “mar de influência” para fortalecer o partido. É uma tarefa revolucionária a de aproximar os trabalhadores ao partido”.
Também participaram do encontro a deputada estadual e secretária nacional de Combate ao Racismo, Olívia Santana (PCdoB-BA); o presidente do PCdoB-BA e secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Davidson Magalhães; a superintendente Regional do Trabalho da Bahia, Fátima Freire; e os secretários nacionais do PCdoB Márcio Cabreira (Relações Institucionais), Dani Costa (Mulheres) e Javier Alfaya (Cultura).