Complô de sabotadores de vacinas e apologistas da cloroquina derrubou Mandetta e Teich e levou à morte centenas de milhares de brasileiros
Jair Bolsonaro se reuniu ao menos 27 vezes com integrantes do “gabinete da sombra” em sua sala, no terceiro andar do Palácio do Planalto. É o que mostra um levantamento feito pelo jornal Metrópoles, com base na agenda presidencial. Além das reuniões no gabinete do presidente, Bolsonaro ainda promoveu dois eventos com integrantes do grupo de espalha-vírus trazidos de vários pontos do país.
Ou seja, o número de reuniões e encontros promovidos pelo “gabinete da sombra”, à favor do coronavírus, era muito maior do que as reuniões com os técnicos do Ministério da Saúde, que, supostamente, deveriam ser os responsáveis pelo combate à pandemia. Não é à toa que Mandetta e Teich saíram assim que perceberam que estavam sendo sabotados pelo Planalto. Depois, com Pazuello, nem precisava mais do ministério. É só lembrar do “um manda e o outro obedece…”
O jornal fez o levantamento das reuniões dos sabotadores na sala do “chefe” entre março de 2020 e maio de 2021.
Entre os sabotadores, além do próprio Bolsonaro, estavam o ex-assessor especial da Presidência Arthur Weintraub, que está nos EUA com Covid; o vereador Carlos Bolsonaro, filho “02” do capitão cloroquina; o empresário Carlos Wizard; o médico Luciano Dias Azevedo; o deputado terraplanista Osmar Terra (MDB-RS) e a médica oncologista, que, segundo o senador Otto Alencar, não entende nada de infectologia, Nise Yamaguchi.
O “gabinete da sombra”, que ajudou Bolsonaro a espalhar o vírus e a difundir a cloroquina para o charlatanismo do “tratamento” de Covid, agora esta na mira da CPI da Pandemia, do Senado Federal. Os nomes dos sabotadores todos já foram citados em lista dos que deverão depor, elaborada pelo relator do colegiado da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL). A primeira denúncia do “gabinete” dos sabotadores surgiu durante depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
Os senadores estão em dúvida de quem seria o principal idealizador do grupo pró-vírus. Está difícil saber quem é o mais lunático entre eles. Bolsonaro não entra na disputa porque é oconcur em matéria de estupidez e de defesa da morte. Tanto que muita gente o associa à prática de genocídio.
Logo atrás vem o vereador espião Carlos Bolsonaro, responsável por manter tudo nas sombras e pela “estratégia” de comunicação digital do pai. Os outros três, Arthur Weintraub, Osmar Terra e Yamaguchi estão logo atrás. Em depoimento à CPI, Mandetta e o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, relataram que Carlos Bolsonaro participava de reuniões e fazia anotações dos encontros.
De acordo com o levantamento do Metrópoles, o deputado Osmar Terra foi quem mais se reuniu com Bolsonaro em pouco mais de um ano de pandemia. No total, foram 17 encontros, dos quais 12 contaram com a presença de outros convidados. Em outras cinco ocasiões, o deputado se reuniu sozinho com o presidente.
Na sequência, Carlos Bolsonaro participou de cinco reuniões ao lado do pai, segundo os registros oficiais. Entre elas, o vereador carioca acompanhou encontros virtuais com governadores das regiões Norte, Nordeste e Sul sobre a pandemia. Nise Yamaguchi se reuniu quatro vezes com o presidente Jair Bolsonaro, segundo a agenda presidencial.
O médico anestesista Luciano Dias Azevedo participou de uma reunião com Bolsonaro. O empresário Carlos Wizard e Arthur Weintraub não tiveram agendas públicas com o chefe do Palácio do Planalto. O que não quer dizer que não tenha havido encontros não divulgados. Os dois eram presenças frequentes em cerimônias.