“Eu defendo que essa unidade não deva ser necessariamente [em torno] de um candidato do PSDB”, prossegue o senador do Ceará
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou que “existe uma possibilidade concreta de que haja uma aliança de centro”, que rejeite as candidaturas de Jair Bolsonaro e de Lula, nas eleições presidenciais de 2022. O candidato não precisa ser do PSDB, pontuou.
“Eu defendo que essa unidade não deva ser necessariamente [em torno] de um candidato do PSDB, que possa ser candidato de outros partidos, desde que se encontre uma figura que seja a mais capaz de agregar partidos, candidatos e pessoas”, disse o senador, em debate do Parlatório, organizado pelo ex-presidente Michel Temer.
“Existe uma possibilidade concreta de que haja uma aliança de centro, que vá da centro-esquerda à centro-direita. Essa aliança não seria unanimidade, mas seria uma aliança que reduzisse o número de candidatos dentro desse espectro”, continuou Tasso.
“Outras lideranças com quem tenho conversado também concordam com essa ideia”, frisou.
“Acho que a opinião pública vai ter papel fundamental. Se ela pressionar com clareza os partidos que vão nessa direção, os partidos de centro que não querem um novo governo Bolsonaro ou um novo governo do PT, essa possibilidade se torna mais concreta ainda”, avaliou.
Para ele, o espaço para essa candidatura alternativa já se apresenta nas pesquisas, uma vez que as intenções de voto em Lula e Bolsonaro não passam de 50% do eleitorado.
“Há uma consciência de todos os candidatos e pré-candidatos. É preciso que haja muito desprendimento pessoal e dos partidos para que se perceba que os próximos quatro anos vão ser muito difíceis para o país. Se nós tivermos a continuidade ou a volta de um desses governos anteriores, no caso do Lula e do Bolsonaro, nós vamos ter um país cada vez mais dividido”, afirmou.
Segundo Jereissati, “as conversas” entre os partidos “evoluem bem. A consciência existe, a vontade existe”.
O PSDB terá eleições prévias para decidir qual candidato apresentará para as eleições presidenciais. Até agora, estão na disputa os nomes de Tasso Jereissati, João Doria, governador de São Paulo, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus.