O ex-deputado João Goulart Filho, pré-candidato a presidente pelo Partido Pátria Livre (PPL), criticou nesta segunda-feira (04), a insistência do governo em manter aumentos freqüentes nos combustíveis. “A população está sendo penalizada duas vezes. Quando persistem os aumentos da gasolina mesmo depois dos protestos e quando o governo anuncia cortes de verbas públicas para subsidiar o diesel”, disse ele.
“Não há motivo para o Brasil seguir nessa política de atrelar seus preços internos aos preços internacionais. Nós produzimos 2,6 milhões de barris de petróleo por dia, segundo dados de abril deste ano, e consumimos 2,2 milhões de barris”, observou o pré-candidato. “Então”, prosseguiu, “como nós estamos autossuficientes, nossos preços têm que se basear nos nossos custos de produção internos e não nas variações lá fora”, prosseguiu. Na opinião de Goulart, “se fizermos isso, a Petrobrás terá garantido os seus lucros e a população não será extorquida como está sendo agora”.
“Nada justifica que o Brasil processe apenas 1,6 milhões de barris em nossas refinarias, e sigamos importando 600 mil barris de derivados diariamente. A nossa capacidade de refino é de 2,4 milhões de barris. Estamos com 32% de ociosidade nas refinarias por conta dessa política desastrada da atual administração da Petrobrás”, denunciou João Goulart.
“A população não merece ser tratada com esse cinismo do novo presidente da Petrobrás, senhor Ivan Monteiro, que, em três dias, elevou duas vezes o preço da gasolina, para depois fazer uma pequena redução. O resultado é que, apesar de ter sido congelado o diesel por sessenta dias, fruto da greve dos caminhoneiros, a gasolina segue no mesmo ritmo de antes. Já tivemos nos últimos 11 meses um aumento de 50% no preço da gasolina. Isso é inaceitável”, completou Goulart.