A Justiça determinou a suspensão das demissões de 900 trabalhadores da Usiminas no litoral paulista. A decisão foi a partir de denúncia feita pelo Sindicato dos Metalúrgicos, depois de o presidente da entidade, Claudinei Rodrigues Gato, saber que, só na manhã de quarta-feira (20), 100 trabalhadores foram dispensados da siderúrgica.
A juíza Adalgisa Lins Dornellas, da 2ª Vara do Trabalho de Cubatão, suspendeu as demissões determinando ainda que sejam retomadas as negociações entre a Usiminas e o sindicato. A liminar determina que não haja demissão enquanto não estiver esgotada as negociações entre a empresa e o sindicato.
“Essa é uma importante vitória nessa batalha contra os ataques da Usiminas que se aproveita da pandemia para não só preservar, como ampliar seus lucros”, diz o sindicato em nota.
“O Sindicato tem batalhado por um acordo emergencial que proteja os salários e os empregos dos trabalhadores e denunciado a ação da Usiminas que se aproveita do momento de tragédia que vivemos no mundo todo para colocar na rua 900 trabalhadores”, continua.
De acordo com o sindicato, em 2015 foram demitidos cerca de três mil funcionários. “Mesmo tentando derrubar essa decisão judicial, a Usiminas não conseguirá esconder a intenção da direção da empresa e de seus acionistas que é impor o mesmo massacre contra os trabalhadores que fez em 2015: demitir em massa para garantir mais lucros”, diz o sindicato em nota.
A decisão judicial obrigou a Usiminas a reintegrar imediatamente todos os trabalhadores que foram demitidos nessa semana.