Uma multidão de manifestantes ocupou a Avenida Paulista no final da tarde desta sexta-feira contra a reforma da Previdência. O ato, organizado pelas Centrais Sindicais, entidades e organizações populares, é a culminação de diversos protestos e manifestações que ocorreram desde a madrugada de hoje nas garagens de ônibus, portas de fábricas e diversos locais públicos em todo o estado de São Paulo.
Os manifestantes fecharam os dois sentidos da Avenida Paulista e, segundo os organizadores, mais de 60 mil pessoas participaram do ato.
Representando a CTB no ato, o vice-presidente da central, Nivaldo Santana, disse: “Nós, que passamos a madrugada e o dia todo realizando atos nas portas das fábricas e nas ruas desse país, caminhamos e ganhamos força para barrar essa reforma”.
Luiz Carlos Prates, o Mancha, dirigente da CSP-Conlutas, também se referiu às mobilizações que tomaram São Paulo desde a madrugada, demonstrando “a disposição dos trabalhadores em barrar essa nefasta reforma do governo Bolsonaro, que significa o fim do direito à aposentadoria”.
Para o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas, o Bira, “as mentiras do Bolsonaro estão ficando cada vez mais claras. Não tem déficit na Previdência, o que eles querem mesmo é implantar a capitalização, é entregar os aposentados para o capital financeiro”, disse.
Para o diretor de Aposentados e Pensionistas do Sindireceita, Luis Mauro Damiani, “essa proposta de reforma da Previdência foi feita de acordo com os interesses dos grandes empresários e banqueiros”. Ele afirma que “a Previdência não é deficitária”, e cita o trabalho da Anfip que “prova que não é deficitária”.
Diversas categorias como metalúrgicos, professores de escolas públicas e privadas, petroleiros, profissionais do correio, do setor de alimentação, de saúde, bancários, servidores públicos e comerciários, além de entidades como UNE, UMES-SP, CMB, UBES e FUP, entre outras, participaram do ato.