“Rua não é endereço, barraca não é lar”, disse Ricardo Nunes. Segundo último censo da Prefeitura, 48 mil pessoas estão em situação de rua na capital
O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), comemorou a decisão do desembargador Ribeiro de Paula do Tribunal de Justiça de São Paulo que permite ação da Prefeitura para a retirada de barracas da população em situação de rua colocadas em locais públicos, como calçadas e praças da capital paulista. Segundo ele, “rua não é endereço, barraca não é lar”.
“Muito, muito importante essa decisão que caça a liminar, onde o seu autor defende as barracas nas ruas e calçadas de São Paulo. Rua não é endereço, barraca não é lar. Não é digno pessoas nas ruas expostas ao sol, chuva, sem banheiro, sem chuveiro, torneira”, afirmou Nunes.
Ele ainda afirmou que está ampliando vagas nos Centros de Acolhida da prefeitura . “Estamos fazendo as Vilas Reencontro, com casas de 18m² para as pessoas viverem com dignidade. Contratamos 3.500 vagas de hotéis, principalmente para famílias com crianças e idosos”, acrescentou.
Porém a ação é altamente insuficiente, pois de acordo com um levantamento da própria Prefeitura de São Paulo, a capital tem 32 mil pessoas em situação de rua. Levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População de Rua, divulgado mostra que a cidade de São Paulo registrou em 2022 mais de 48 mil moradores de rua.
Padre Julio Lancellotti, que lidera movimentos de apoio à população em situação de rua na cidade, criticou a decisão em postagem nas redes sociais:
“Desumano, me alegraria se o mundo de Nárnia que ele vive fosse realidade e houvesse moradia para tirar o povo da rua. Mas tirar de quem já não tem é DESUMANO”, escreveu o padre.
O deputado federal Guilherme Boulos, autor do pedido de liminar que proibiu a retirada das barracas, rebateu o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. “É lamentável a postura do prefeito de São Paulo. É desumano. Ele parece supor que as pessoas estão lá porque querem, que alguém está numa barraca debaixo de um viaduto, no meio de uma calçada porque deseja. Ninguém quer que as pessoas fiquem em barracas nas ruas: quem passa não quer, o comerciante não quer, a população não quer. Muito menos essas pessoas querem estar lá”, afirmou Boulos ao Portal Metrópoles.
O deputado afirmou que irá recorrer da decisão. “Vamos seguir lutando para que o problema tenha uma solução séria que dialogue com as reais necessidades da população em situação de rua”, afirma.
Em nota, a Prefeitura informou que vai reunir equipes para o andamento nas ações em toda a região central, “após o cumprimento da suspensão do serviço desde 17 de fevereiro”.
Me faltam as palavras quanto as atitudes de prefeito Ricardo Nunes. Ele não merece um elogio. Ele não respeita os pobres não os idosos com o IPTU salgado. Ele só respeita a elite e pessoas que servem para a eleição dele. Triste Triste Triste esse governança da cidade São Paulo. COM um salario dos governantes que os pobres pagam é bom para viver