Porta-voz do Kremlin declara que a Rússia avançou com a operação militar na Ucrânia depois que Kiev negou-se a negociar
“A operação militar da Rússia na Ucrânia deu continuidade depois que o governo deste país suspendeu tratativas para a negociação conosco”, afirmou Dmitry Peskov, porta-voz do Kremilin, neste sábado dia 26.
“O presidente Vladimir Putin havia ordenado que as tropas russas parassem seu avanço na sexta-feira, para aguardar a resposta de Kiev”, disse ainda Peskov.
“A ofensiva continuous no sábado”, prosseguiu, esclarecendo que “o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky havia declarado na sexta-feira que estava pronto para sentar à mesa para conversas com a finalidade de por fim as hostilidades entre os dois países. No mesmo dia, Putin declarou que estava também pronto a negociar em Misnk [capital da Bielo-Rússia]”.
“A seguir, os ucranianos ofereceram a proposta de que as negociações fossem realizadas em Varsóvia e, depois disso, deixaram de responder”, informou ainda Peskov.
NEONAZISTAS POSICIONAM LANÇA-FOGUETES EM MEIO A PRÉDIOS RESIDENCIAIS
Têm havido informes de combates e bombardeios em Kiev, acontece que a artilharia ucraniana com foguetes foi posicionada em meio a prédios na capital do país, por milícias neonzistas, para – propositalmente – colocar os civis em risco pela resposta das forças russas a estes foguetes. Dessa forma os neonazistas e bandeiristas [adeptos de Bandera, ucraniano colaboracionista de Hitler durante a Segunda Guerra] estão, na verdade, fazendo o povo de Kiev de refém.
Seguem as declarações do governo russo – de sexta-feira – concordando em negociar e dispondo sobre a formação de uma delegação russa de alto nível para essa finalidade:
“Como se sabe, o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, expressou hoje sua disposição de abordar o status neutro da Ucrânia. Inicialmente, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que o objetivo da operação é ajudar as Repúblicas Populares de Lugansk e Donetsk, entre outras coisas, através da desmilitarização e desnazificação da Ucrânia. E isso, de fato, é um componente integral do status neutro”, afirmou o porta-voz russo.
Peskov observou que, conforme Putin, a delegação russa seria representada por integrantes do Ministério da Defesa, do Ministério das Relações Exteriores e da administração presidencial.
Com o objetivo de equacionar e proporcionar uma solução rápida ao conflito, o porta-voz ressaltou que o presidente russo dialogou por telefone com o seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko.
De acordo com Peskov, Lukashenko disse “estar disposto a criar todas as condições necessárias para a chegada das delegações e a garantia da sua segurança e integridade, a fim da realização das referidas negociações”.
Segundo a agência de notícias russa RIA, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também declarou estar disposto a negociar.
No entanto, apesar de acenar de início com o diálogo, Zelensky propôs que a Europa tome medidas imediatas contra o povo russo, como o embargo da compra de petróleo e a expulsão do país da Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (Swift) – atualmente principal rede de pagamentos internacionais do mundo.
Posteriormente, após deixar de atender ao lado russo para o avanço dos preparativos para a negociação, voltou-se para os Estados Unidos pedindo “mais munição”.