O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Juruna, disse à Folha de São Paulo que a ideia é que o 1º de maio “seja um grito de unidade na defesa da democracia, do emprego, dos direitos sociais e que isolar Bolsonaro é fundamental nesse momento”.
Em nota, o presidente da CTB, Adilson Araújo, denunciou que Bolsonaro está gestando mais uma crise institucional no país. Para Adilson, “é mais uma manifestação golpista o indulto concedido por Jair Bolsonaro ao deputado federal Daniel Silveira logo após sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF)”. Silveira foi punido precisamente por promover recorrentes atentados ao Estado Democrático de Direito e ameaças aos ministros da corte suprema. Adilson realça a necessidade de construir a mais ampla frente social e política para derrotar a extrema direita “e resgatar um novo projeto de desenvolvimento nacional, revogar a reforma trabalhista, a reforma da Previdência e a EC 95, combater o desemprego e assegurar a recuperação econômica”.
Segundo a Folha de São Paulo”, movimentos bolsonaristas têm anunciado que farão um ato na avenida Paulista, no domingo (1º), em defesa de pautas conservadores e da liberdade do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), beneficiado pelo decreto de perdão presidencial.
FRENTE AMPLA
Para o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, do PDT, Jair Bolsonaro, “acostumado a agir em território de sombra entre o moral e o imoral, o legal e o ilegal”, acaba de transformar o instituto da graça constitucional em uma desgraça institucional”. Para Ciro, Bolsonaro tenta acelerar o passo na marcha do golpe.
A senadora Simone Tebet, do PMDB, afirmou que “dar graça, por decreto, a um condenado pelo STF por atentado à democracia é desvio de finalidade e um ato inconstitucional”. Jair Bolsonaro “violou, ele próprio, a Constituição. Um golpe contra a democracia. Crime de responsabilidade”, disse Tebet.
O ex-governador de São Paulo, João Doria, do PSDB, rechaçou a medida de Bolsonaro e disse que, caso seja eleito presidente, “não haverá indulto a condenados pela justiça”.
O partido Cidadania entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular o indulto de Jair Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira. O presidente nacional do Cidadania, o ex-ministro Roberto Freire, afirmou que “indulto individual do presidente ao deputado condenado é um insulto”. Temos na Presidência da República um sujeito sem escrúpulo algum, que não perde a oportunidade de aviltar as instituições e tentar rebaixá-las a seu nível”, acrescentou Freire.
ISOLAR O FASCISMO
O 1º de Maio de 2022 e as centrais sindicais poderão ter um papel protagonista na construção da Frente Ampla para isolar e derrotar o fascismo Bolsonarista. Ou então, chamar urubu de meu louro e desperdiçar a nova oportunidade de reverter o retrocesso que sofre o Brasil.
CARLOS PEREIRA