O PL, partido que Jair Bolsonaro se filiou para disputar a reeleição, passa por uma briga interna regional, onde dificilmente se unirá em torno de Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidato bolsonarista ao governo de São Paulo.
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo afirma que dirigentes do PL paulista consideram Tarcísio “desleal” à sigla e preferem apoiar, ainda que informalmente, o atual governador do estado, Rodrigo Garcia (PSDB), com quem já mantém relações de proximidade, nas eleições de outubro.
Segundo os dirigentes partidários durante sua passagem de 2011 a 2015 pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), no governo Dilma Rousseff (PT), Tarcísio retirou diversos membros do partido do órgão.
As lideranças paulistas do partido consideram que ele perseguiu o partido na época, exonerando qualquer um que tivesse vínculos com ele.
Os dirigentes afirmam que Tarcísio foi desleal com a legenda. Tarcísio chegou a declarar publicamente, em março, que tendia à filiação ao PL. Os dirigentes paulistas fizeram força para que ele não se juntasse à sigla e optasse pelo Republicanos.
Em abril, durante evento em Suzano (SP), uma ala do PL em São Paulo declarou apoio a Rodrigo Garcia (PSDB) na corrida ao Palácio dos Bandeirantes.
PESQUISA
Na última pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) lidera a corrida eleitoral pelo governo paulista. O levantamento mostra que o petista tem 31,1% das intenções de voto. Na sequência, o ex-governador Márcio França (PSB) aparece com 17,6% e o ex-ministro Tarcísio de Freitas possui 12,7% da preferência do eleitorado.
A pesquisa mostra que o atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), aparece em quarto lugar, com 3,8%. O deputado federal Vinicius Poit (Novo) surge logo depois, com 1,4%. Já o ex-prefeito de São José dos Campos Felício Ramuth (PSD) tem 1%.
Todos esses pré-candidatos estão tecnicamente empatados dentro da margem de erro de 2,3 pontos percentuais para mais ou para menos.