O orçamento previsto para o Ministério do Meio Ambiente em 2021 é o menor em 22 anos, segundo relatório do Observatório do Clima, entidade que reúne 56 organizações da sociedade civil.
Conforme o relatório divulgado na sexta-feira (22), a proposta de orçamento para o Ministério, contida no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2021, que ainda precisa passar pelo Congresso Nacional, vai reduzir as verbas para fiscalização ambiental e combate a incêndios florestais e para a criação, gestão e implementação de Unidades de Conservação.
Esse corte no orçamento se dá após as queimadas na Amazônia e Pantanal terem atingido recordes em 2020.
No Pantanal os incêndios tiveram alta de 120% em relação ao ano anterior e atingiram os maiores índices desde 1998.
Na Amazônia, o desmatamento em 2020 só não foi maior do que em 2019, quando atingiu o recorde da série histórica. Em 2019 foram 9.178 km² desmatados e, em 2020, 8.426 km quadrados.
A redução da verba destinada à fiscalização ambiental e combate a incêndios será de 27%, e esse corte inclui orçamento que seria destinado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIo).